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Como controlar pulgas e carrapatos em cães e gatos?

Atualizado: 17 de nov. de 2022


Pulgas e carrapatos são um problema muito comum na vida de cães e gatos, principalmente em períodos mais quentes, em que a temperatura e umidade favorecem sua proliferação. Até mesmo aqueles pets que convivem pouco com outros animais estão suscetíveis a esses parasitas, que causam desde uma simples coceira até a transmissão de doenças infecciosas graves.

O que você vai encontrar nesse post: Tipos de pulgas e suas características


Gato se coçando
Como eliminar pulgas e carrapatos em cães e gatos?
Tipos de pulgas e suas características

Existem quase 2.000 espécies de pulgas ao redor do mundo, e cada uma se alimenta de animais diferentes, embora várias delas tenham preferência por determinadas espécies. A pulga comum (Pulex irritans) é um inseto neóptero (grupo do qual fazem parte as baratas, por exemplo) que não tem asas, mas cuja capacidade de pular é incrível: pode atingir distâncias de até 200 vezes seu tamanho!


Elas praticam a hematofagia, ou seja, se alimentam principalmente de sangue, mas também de tecidos corporais. Por isso, as pulgas precisam viver no corpo de outros animais para sobreviver. Elas possuem um corpo rígido, com pequenas pernas e até minúsculos pelos mas, como medem apenas entre 1 e 3,5 milímetros, não conseguimos observar sua forma a olho nu.


Ciclo de vida da pulga

Uma pulga pode ficar até duas semanas sem se alimentar até encontrar o animal que será seu próximo hospedeiro, esperando sobre algum ser vivo, na grama ou mesmo em tecidos, como tapetes, roupas, entre outros. A verdade é que elas podem até ficar presas em roupas, então você mesmo pode levá-las para casa sem saber.


Quando encontra o hospedeiro, a fêmea se alimenta de seu sangue até chegar o momento da reprodução. Depois disso, ela bota seus ovos, no máximo 20 de cada vez, mas é capaz de botar 600 em toda a sua vida. Os ovos caem do pelo do animal, permanecendo nos espaços onde ele repousa e nos demais cantos da casa.


Após duas semanas, os ovos eclodem e as larvas aparecem. Elas se alimentam de resíduos orgânicos (peles mortas, entre outros) até atingirem a fase de maturidade. Em seguida, preparam um casulo e, quando saem dele, já são adultas, prontas para repetir o ciclo.


Embora pareça simples, lembre que um animal não costuma ser parasitado por uma única pulga, por isso, quando seu pet é atacado por elas, geralmente estão presentes em grande número.


A dog flea (Ctenocephalides canis): adult, pupa, egg and larva. Coloured etching. Iconographic Collections

Como saber se seu cachorro ou gato tem pulgas?

Na batalha contra os diferentes tipos de pulgas, a primeira coisa a fazer é identificá-las. Para isso, às vezes não adianta esperar encontrar uma, pois são muito pequenas. Na fase larval sobrevivem fora do corpo do hospedeiro, e se o seu pet for muito peludo, se escondem facilmente.


Portanto, vamos detalhar outros sinais para que você descubra como saber se o seu cachorro ou gato tem pulgas :

  • Coceira: um cachorro ou gato com pulgas vai se coçar em excesso, especialmente perto da cauda, virilha, orelhas e rosto.

  • Pelagem suja: uma das formas mais fáceis de saber se seu amigo de quatro patas está com pulgas é porque você começará a ver sua pelagem com uma sujeira estranha, pequenas manchas pretas que se acumulam junto à pele. Essas são as fezes das pulgas.

  • Anemia: quando a infestação está avançada, e especialmente em cachorros ou em animais de terceira idade, a sucção constante do sangue gera anemia, o que coloca em risco a vida do seu pet.

  • Alergia à picada: alguns animais desenvolvem alergia à picada da pulga, que na verdade é uma reação à saliva desse inseto. Quando isso ocorre, a pele fica inflamada e avermelhada.

  • Feridas: um pet com pulgas pode chegar ao ponto de se provocar graves feridas devido à coceira constante.

Como cães e gatos pegam carrapato?

Geralmente, os pets são infestados por carrapatos durante passeios em ambientes externos, como parques, praças e até na rua. Da mesma forma que as pulgas, eles também vivem em locais onde não há a presença de pets. Os preferidos são: ambientes secos, úmidos, gramados, arbustos, moitas, capins e etc.


Além disso, também existe a chance do pet contrair carrapatos dentro de casa. Afinal, essas pequenas pragas podem grudar na roupa e serem levados para o local pela própria família humana ou podem chegar até a residência por alguma casa vizinha.



Ciclo de vida dos carrapatos

Um grande problema ao enfrentar infestações por estes parasitas é que eles são muito resistentes no meio ambiente, podendo sobreviver por meses sem se alimentar.


A fêmea adulta chega a depositar no ambiente mais de 3000 ovos de uma só vez. Dos ovos, eclodem as larvas dos carrapatos, que irão se alimentar no hospedeiro e voltar para o ambiente, evoluindo para uma fase jovem chamada de ninfa, que também procura o hospedeiro para se alimentar e volta para o ambiente para se tornar adulto.


Entre estas idas e vindas entre hospedeiros (cães e, eventualmente, gatos) e o ambiente, a chance de transmissão de doenças infecciosas é aumentada, já que o carrapato pode, durante sua evolução, alimentar-se de vários animais, até mesmo de seres humanos.


Em resumo, por causa deste comportamento, os carrapatos são excelentes transmissores de doenças causadas por bactérias e protozoários, transmitindo estes microrganismos muito facilmente entre os cães e seres humanos.


Quais são as doenças transmitidas por carrapatos?

Os carrapatos podem transmitir doenças graves que podem ser fatais, e as doenças mais comuns são:


Erliquiose é a doença transmitida por carrapatos mais comum em cães. Ela é causada por uma bactéria e transmitida para o cão quando o carrapato se alimenta de seu sangue. A bactéria leva a alterações das células do sangue, podendo causar anemia e plaquetas baixas. Como as plaquetas são células que participam da coagulação do sangue, é comum que os pets apresentem sangramentos pelo nariz ou em locais como o olho e na pele (caracterizado por pontinhos vermelhos conhecidos como petéquias). Alguns outros sintomas possíveis são: emagrecimento, falta de apetite, cansaço e febre.

A babesiose é outra importante doença transmitida pelos carrapatos. O agente causador é a Babesia canis, um protozoário que destrói os glóbulos vermelhos, causando anemia. Como as células vermelhas são responsáveis por carregar oxigênio para todo o organismo, a anemia severa poderá comprometer esta entrega e o pet pode sofrer com fraqueza, cansaço e falta de ar. Alguns sintomas que podem ser observados além das mucosas pálidas e até amareladas por conta da anemia, são febre, falta de apetite, perda de peso e aumento de volume abdominal. Em casos mais graves pode haver comprometimento de rins e fígado.

Como prevenir pulgas e carrapatos?

Ao manter o pet protegido, o tutor elimina as chances de infestações, evitando que ele e todos que convivem na mesma casa sofram com os problemas causados por pulgas e carrapatos. Consequentemente, oferecendo a todos mais qualidade de vida.


É importante identificar o estilo de vida para adequar a proteção ao tipo de desafio que o pet enfrenta no dia a dia, seja ele mais ativo, saindo de casa em passeios frequentes e participando de viagens com o tutor; ou mais caseiro, com baixo contato com outros pets.


O controle de pulgas e carrapatos pode ser feito através de produtos aplicados diretamente na pele ou através de comprimidos, para cada caso (e peso) há uma melhor opção. Consulte sempre seu médico veterinário de confiança!


 

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